Quero parar de escrever, quero parar de dizer o que sinto, pois quando escrevo o que sinto parece que esse sentimento é ainda maior, ainda mais forte, ganha toda uma nova força que se não for escrito nunca terá. Quando escrevo algo positivo é agradável, mas ultimamente não me sinto positiva, não sinto positivo, só me sinto cansada de tudo e ele, ele não ajuda apesar de eu saber que tenta. Vou parar de escrever e quando me sentir positiva volto, volto a escrever e volto para ele.
15.12.09
14.12.09
Deste-me a mão e levaste-me onde não querias ir, depois, alegremente me levas-te à tua cidade, mostraste-me um pouco da sua canção, ouvi os jardins do palácio de cristal ao sabor da tua boca, ouvi a rotunda da Boavista com o sol a bater-me nas pernas e a aquecer-me a alma enquanto te lia as crónicas do Ricardo Araújo e via as criancinhas correr em nosso redor. Ouvi o teu amor e a tua paixão como nunca tinha ouvido antes, ouvi-te a ti, ao teu coração e á tua cidade e estou muito feliz, muito obrigada.
Pedro!
9.12.09
Tudo foi para ti,
uma estúpida canção que só eu ouvi
e eu fiquei com tanto para dar.
uma estúpida canção que só eu ouvi
e eu fiquei com tanto para dar.
ORNATOS VIOLETA - OUVI DIZER
8.12.09
Hoje saímos, levaste-me pela mão a conhecer a canção da minha cidade, falaste-me dos teus sonhos, tocaste na minha mão fria e sorris-te com aquele doce olhar e aqueles brancos dentes todos alinhados perfeitamente. Não nos beijamos como é tão habitual em nós, não fomos de forma alguma tão carnais como costumamos ser, fomos mais sonhadores juntos e adorei cada segundo, falamos de tudo em nada, comemos chocolate, sorrimos, fugimos por uns minutos à chuva que tão depressa começou a cair como tão depressa voltou a parar e a trazer-nos de volta uma noite bonita e calma. Amei-te, voltei a amar-te durante essas duas horas de toques brandos e boa conversa. Voltas-te Pedro e sou mais feliz assim.
7.12.09
Hoje apaixonei-me:
- pelos morangos com açúcar,
- pelo teu colchão,
- pelo teu sorriso,
- pelas fotos,
- pelo jantar,
- pelo quentinho da sala,
- pelas minhas novas sapatilhas,
- pelo post da Martinha.
6.12.09
Vou parar de escrever, vou tentar apagar-me um pouco do mundo, vou me deitar e esperar que a luz venha, a luz da morte ou da vida mas que a luz venha. Estou francamente cansada, de escrever, de sentir, de viver. As vezes gostava de não transbordar sentimentos, gostava de ser calma e aceitar as coisas e pronto, gostava de não me apaixonar, de não me apegar, gostava de não estar constantemente melancólica e farta de tudo, gostava de não ter noções e de viver num mundo de fantasia, gostava de não ter sangue a correr-me nas veias o tempo todo, gostava de ser um carneirinho e seguir a corrente. Possa, porque tenho eu de ser tão diferente? Porque tenho de ser irreverente e mostrar sempre o meu lado, até mesmo quando não me é nada oportuno fazê-lo? Porque não sou capaz de viver de aparências e fazer as coisas só porque toda a gente faz como toda a gente faz? Só queria ser normal, só de vez em quando.
3.12.09
Todo o céu se entristeceu ao ver a minha tristeza, ao ver a minha mágoa, todo o céu ficou cinza e rebentou em raiva fazendo dilúvios e furacões. Pelo menos era assim que eu via a fraca chuva que me batia na janela, talvez por estar a chorar tanto que confundia as minhas lágrimas com a chuva lá fora, talvez porque todo em mim desejasse que assim fosse, não sei, só sei que eu via um furacão onde corria uma leve brisa e via um dilúvio em chuva miúda. Acho que vou limpar as lágrimas, tomar um banho quente e sentar-me à espera que este mau tempo passe.
Sinto-me uma criança, sinto-me amada por ele e cuidada, sinto que independentemente de tudo o que se passou entre nós, ele sempre estará lá, ele sempre me irá dar a mão, ele sempre me irá pegar no colo e enxugar as lágrimas, ele sempre me irá sorrir e dar-me beijos à esquimó, ele sempre será a minha melhor parte. Obrigada, obrigada mesmo, podes não estar sempre comigo, estas quando mais preciso e isso têm um valor incalculável para mim.
Da tua de sempre,
Alice Maria.
Alice Maria.
2.12.09
Bom dia Dezembro, esperei por ti, esperei pelo teu frio e pelo aconchego que me proporcionas, esperei pelo chá quente, esperei pela cama quente, esperei pela chuva, esperei pelo natal e tudo o que ele representa para mim, esperei por luzes e sorrisos de estranhos na rua, esperei pelos casacos a sufocar, esperei-te e agora cá estas tu, mais bonito de que nunca. Sabes Dezembro, este ano tenho uma pessoa diferente, uma pessoa sem dor, uma pessoa sem mágoa, uma pessoa que me dá beijinhos e me diz “oh, fogo, a massa das panquecas está a ganhar grumo amor” na voz mais doce possível. Ele gosta de mim sabes, nem sempre se nota, nem sempre se sente mas está lá certamente. Sinto que projectei nele um sonho e agora o culpo pela “decepção”, sinto que a culpa é minha e não dele, eu não tinha de o pensar perfeito, eu não tinha de o sonhar, tinha de o ver e não vi. Sinto que por vezes o mato um pouco comigo, sinto-me as vezes demasiado disponível, sinto que peco, peco porque lhe dou tudo e muito mais e depois, sem aviso prévio me zango por senti-lo não se esforçar por nos, vou lhe dar um espaço, vou deixar que ele me mostre que quer, que não é só mimado, que é capaz de gostar de mim, vou permiti-lo evoluir e evoluir-nos.